quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Rota das Emoções 2013

Pedal Ceará – Piaui – Maranhão 2013
Fomos de avião até Fortaleza com nossas bikes no malabike.
Dia 2 de Janeiro: Avião até Fortaleza
Cicloturistas: Clayton (spina), Denise, Edson, Gabriel, Jana, Livia, Luiz, Sueli.
Dia 3 de Janeiro: Dia de curtir Fortaleza. Conhecemos a praia de Iracema e do Futuro.
Dia 4 de Janeiro: Primeiro dia de pedal. Seguimos para Cumbuco e como era perto chegamos antes do almoço – 28Km. De tarde fizemos um passeio de buggy nas dunas.
Dia 5 de Janeiro: Pedalamos por calçamento e asfalto até Paracuru, mas para chegar tivemos que passar pelo porto na cidade de Pecém, que é considerada uma cidade perigosa. 60km até Paracuru que é uma cidade bem bonita. Neste caminho tivemos um incidente com o Spina que fez um voo sobre a calçada quando a bike passou na areia, foi só um susto e ele ficou bem. Se ele tivesse de sapatilha teria um problema, mas nem quero imaginar o que daria.
Dia 6/jan: Por estrada de asfalto fomos de Paracuru até Mundaú e no final a maré estava baixa e experimentamos pela primeira vez como era pedalar na beira da praia. Uma maravilha, liso e com vento a favor dava para ir rápido e macio. 76Km neste dia.
Dia 7/Jan: Curtimos Mundaú – Ceará, que foi um achado. A praia era linda e deserta, a água cristalina e tudo muito barato. Só o vento que carregava a areia para dentro de todo lugar é que atrapalhava as vezes, era bom pra pedalar, mas não para ficar na praia. Fomos na barra do Rio para fazermos um passeio de barco rio a dentro para conhecer o mangue e as dunas. Lugar lindo e o passeio terminou com o por do sol nas dunas. Só o Gabriel não foi, pois ainda tinha medo de navegar. O maior problema do lugar é onde comer e por conta do almoço passei mal o dia todo.
Dia 8/ Jan: Saímos de Mundaú com o intuito de chegar em Itarema, mas não foi possível chegar lá. Para sair de Mundaú tivemos que pegar uma balsa de R$ 3,00 reais e seguimos pela praia até o rio seguinte e para chegarmos na balsa empurramos um pouco a bicicleta. Nessa balsa o senhor que faz a travessia não estava e um menino de 10 anos se propôs a nos levar e apesar do Gabriel não ter gostado da ideia era isso ou voltar para Mundau e pegar asfalto com uma Quilometragem bem maior. Passamos então por essa balsa e a Livia já estava tendo problemas estomacais (vomito e diarreia). Do outro lado da balsa era mangue e em alguns pontos tínhamos que empurrar pela lama e quando este terreno acabou começou o areial que não dava para pedalarmos, tínhamos que empurrar e pra piorar a Livia ficou pior e não conseguia prosseguir. Empurramos, empurramos, empurramos no areial sob um calor forte e 3 Km depois encontramos um vilarejo e paramos para ver se a Livia melhorava. Foram duas horas empurrando e tínhamos que voltar para empurrar a bike da Livia e o Edson levou ela na bike dele. No vilarejo encontramos pessoas muito boas dispostas a nos ajudar e pegaram coco para nos hidratar. Mais alguns Quilômetros na areia e na piçarra encontramos o asfalto e seguimos para a praia mais perto que era Icaraí de Amontada. No total foram 50Km.
Dia 9/Jan: Resolvemos ir até Itarema por praia, mas no meio do caminho a maré começou a subir e tivemos que invadir a estrada de piçarra da empresa eólica. Os seguranças ficaram muito irritados com nossa presença ali, mas não tiveram como impedir a travessia já que só ficam no lado da estrada e não da praia. Este percurso foi um pouco difícil por conta do vendo de lado que quase nos derrubava. Depois da empresa foi asfalto até Itarema. Total: 45Km.
Dia 10/Jan: Seguimos o percurso por asfalto passando por Acarau e Cruz. Nesta última paramos para o almoço e só saímos depois que o sol estava mais fraco. Eu não estava me sentindo muito bem e depois do almoço ficou pior e pedalei com ânsia de vômito e dor nas costas. Pedalamos mais alguns Quilômetros por asfalto e no final tivemos 12 Km de piçarra até a praia do Preá. Essa estrada foi horrível, o mundo tremia de tanta ondulação e chegando em Caiçara o pneu de alguém furou e paramos para consertar. A cidade toda nos olhava como se fossemos de outro planeta. Poucos quilômetros depois chegamos em Preá e rapidamente encontramos um lugar para ficar. Total: 75Km.
Dia 11/Jan: Na baixa da maré fomos pedalando com o vento a favor até a pedra furada de Jericoacoara ainda no Ceará. Foi um pedal bem tranquilo e como não dá para chegar na pedra pedalando por conta da areia fofa e das pedras, paramos antes, deixamos as bicicletas e o grupo foi ver a pedra furada. Eu não estava me sentindo bem e nem tinha tomado o café da manhã, então fiquei  cuidando das magrelas. Quando todos voltaram tivemos que voltar pela praia para pegar o caminho para Jeri e desta vez experimentamos o vento contra que me deixou pedalando no máximo 15 km/h fazendo bastante força. Felizmente na subida para Jeri a areia fofa não foi o suficiente já que o vento era tanto que conseguíamos pedalar. O vento a favor foi um grande premio na subida do areial e os 3Km foram tranquilos. Na subida tivemos que nos deparar com muitos 4x4, buggies e muito jegue. Total: 16Km.
Dia 12/ Jan: Alugamos uma casa na cidade e ficamos um dia a mais lá. Então este foi outro dia livre para passeio e combinamos com uma D-20 de nos levar. Fomos primeiro na pedra furada para eu conhecer e de lá passamos por Preá para irmos na Lagoa Azul que era cheia de pessoas e não tinha tanta água por conta da falta de chuva. A seguir fomos para a Lagoa do Paraíso na propriedade de uma pousada muito boa e cara, felizmente levamos lanche e não tivemos que pagar por isso. Esta lagoa era bem maior que a primeira apesar da falta de chuva e ficamos o dia todo lá, era realmente um paraíso. Esse foi o último passeio e de lá voltamos para Jeri. A praia de Jeri não é tão bonita, tem muita gente. As ruas do lugar são de areia e tem muitas lojas, restaurantes e pousadas, algumas lojas até tem o chão de areia. Para quem gosta de balada com muita gente esse deve ser o lugar.
Dia 13/ Jan: Novamente por praia fomos para Camocim passando por Tatajuba e com a baixa da maré formava maravilhosos lagos na beira da praia e só não paramos porque precisávamos passar antes da maré subir novamente. Logo na saída de Jeri tem uma balsa que cobraram R$ 5,00 por bike, no rio perto de Tatajuba  empurramos dentro da água, pois não era mais alto que o joelho, mas tinha grande força, o último para chegar em Camocim só passava de balsa grande e pagamos R$ 2,50 por pessoa. Esta cidade tinha muitas pousadas e muitas pessoas nadavam no rio quando a maré ficava cheia. Total: 44Km.
Dia 14/Jan: O objetivo era sair do Ceará e ir para Piauí e perguntamos para as pessoas que fazem passeio de buggy lá e nos disseram que pela praia teria dois rios sem ninguém fazendo a travessia de balsa. Por isso decidimos passar pelo asfalto e a cidade seguinte era Chaval. O asfalto era bom, mas a estrada não tinha acostamento e Chaval ficava rodeada de grandes pedras, era até bonita, mas sem nenhuma infraestrutura. A única pousada estava lotada e a outra no centro assustou até os mais fortes, então estávamos decididos a acampar quando encontramos uma hospedaria para ficar. Total: 60Km.
Dia 15/Jan: Madrugamos para sair da cidade e ainda estava escuro quando passamos pela divisa com o Piauí e o asfalto melhorou, mas ainda sem acostamento. Foi um pedal muito tranquilo e quando chegamos perto da praia as dunas invadiam o asfalto o que nos fez redobrar a atenção. Até ajudamos uma senhora a desencalhar o carro que ficou na duna. Chegamos em Luiz Correia e ainda estava cedo, podíamos pedalar muito mais e quase isso aconteceu, mas voltamos para procurar a praia e um lugar para ficar. Era uma terça e o lugar parecia abandonado, não tinha quase ninguém, quase nada aberto e os preços de pousada eram bem mais altos. Total: 70Km.
Dia 16/Jan: Mais uma folga na agenda e fizemos um passeio no Delta do Parnaíba. Pegamos um ônibus até Parnaíba que parava para qualquer aceno ou grito onde quer que estivesse. Em Parnaíba fomos na agência e um ônibus nos levou para Ilha Grande no Porto do Rio Tatu para o passeio que nos custou R$ 65,00 com almoço incluído. O barco seguiu o rio que dividia Piauí e Maranhão, paramos em uma ilha que se formou por conta da baixa da maré e que ficava no Maranhão. Depois almoçamos uma comida simples e que não dava vontade de repetir. Vendia-se tudo a bordo, doces, bebidas, outras comidas e lembranças. Após o almoço paramos no mangue para o homem lama pegar um caranguejo fêmea e outro macho para nos ensinar a diferença entre eles, pois a fêmea é proibida de ser comercializada. Por ser época de proteção aos caranguejos, não teve caranguejada a bordo. No retorno já agendamos uma chalana para a travessia até o Maranhão no dia seguinte.
Dia 17/ Jan: Pedalamos até Parnaíba, compramos água e seguimos para Ilha Grande em uma estrada horrível , sem acostamento algum e para nossa sorte não tinha muito transito. Tinha também o vento que as vezes estava a nosso favor e com as curvas vinha de lado quase nos derrubando ou nos jogando para o meio da rodovia. Chegamos em Ilha Grande com 30km de pedal e pegamos uma Chalana para fazer a travessia. Depois de 1h 30min pelo rio atracamos em Araioses e lá comemos nosso lanche para continuar a pedalar só quando o sol estivesse mais fraco. Ali experimentamos o guaraná Jesus que é uma mistura de baré com tuti-fruti e cor rosa de remédio de criança. Saímos de lá por Piçarra com partes de areia e finalmente avistamos Água Doce do Maranhão. A cidade tinha grandes obras públicas, mas o povo que mora ali era bem pobre. De noite tivemos um incidente com dois jegues que quase nos atropelaram quando andávamos de volta para a pousada. AVISO: CUIDADO COM O JEGUE. Total: 62km.
Dia 18/Jan: De manhã a cidade estava em festa com a inauguração da estrada de asfalto até Barro Duro e os fogos nos acordaram. Tivemos que dividir o café da manhã com os seguranças da Governadora Sarney que ficou na mesma pousada que nós. Partimos da cidade antes que a governadora e seus acompanhantes políticos começassem a festa. A estrada era nova, mas não tinha acostamento e felizmente a maioria dos carros em alta velocidade estavam indo para Água Doce. Em Barro Duro acabou este asfalto e de lá pegamos outro que ainda nem tinha sido pintado e que nos conduziu até Tutoia, nosso último pedal. Lá encontramos uma Toyota para nos levar até Barreirinhas por R$ 320,00. Até Paulino Neves já estava asfaltado, mas não sabíamos se seria possível pegar um transporte lá, então, por não termos mais tanto tempo preferimos parar ali. De Paulino Neves até Barreirinhas era de areia fofa com dunas por toda parte. Não estávamos de bike, mas não tivemos qualquer conforto, fomos espremidos entre as bikes com solavancos e madeira dura para sentar. Total:  45Km.
Dia 19/Jan: O pedal tinha acabado, mas o passeio ainda não. Fomos fazer boia cross no rio Formiga e de tarde conhecer os lençóis Maranhenses que estavam sem água por falta de chuva. Só a lagoa do peixe tinha água até o joelho e tinha muita gente no mesmo lugar. As dunas eram bem grandes, mas sem os lagos o lugar não me fascinou.
Dia 20/Jan: Tudo no malabike pegamos um ônibus para São Luis, Cisne Branco a R$ 35,00. Lá na capital só conseguimos ir no centro histórico, mas o Gabriel já tinha ido para o aeroporto.
Dia 21/Jan: Voltamos de avião para São Paulo, com parada em Brasilia. E nossa história acabou aqui com 631Km na minha contagem.

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